Em uma ação inédita, o SINEPE/PE promoveu um seminário com uma convidada internacional, no caso, a consultora educacional finlandesa Eeva Kaarina Penttilã. Ela foi chefe de Assuntos Internacionais do Departamento de Educação da Cidade de Helsinque e atuou durante muitos anos no Conselho Nacional Finlandês de Educação.
O Seminário Inspirações Educacionais Finlandesas aconteceu na tarde de ontem (11/11), no Auditório da Faculdade SENAC, no bairro da Boa Vista.
O presidente do SINEPE/PE, José Ricardo Diniz, deu as boas-vindas aos mais de 150 participantes e contou a sua própria experiência durante uma viagem à Finlândia. “Um fato que muito me surpreendeu foi o de crianças de quatro anos irem sozinhas, pela rua, para a escola”, contou. Ele também ressaltou que a função do Seminário não era para se fazer comparações entre o ensino brasileiro e a educação finlandesa. “Devemos nos inspirar, para que possamos adaptar e utilizar o que há de melhor aqui, em cada escola”.
Em seguida, a profª Eeva Kaarina A contou um pouco sobre a evolução da Educação na Finlândia, e a grande revolução aconteceu após a Segunda Guerra Mundial. “Nossos políticos decidiram que a educação seria uma prioridade, pois era a saída para a recuperação da Finlândia”. Atualmente, contou a palestrante, é muito difícil alguém conseguir emprego sem ter, pelo menos, o Ensino Médio, e só quem terminou o Ensino Médio pode fazer o vestibular.
A palestrante revelou que todo o sistema educacional finlandês é baseado na confiança mútua. Desde o Governo Federal até o aluno, vemos demonstrações de confiança. O Ministério da Educação confia no município, que tem o dever de organizar a educação; o município confia nas escolas, que são bem dependentes; e a escola confia nos professores.
“A autonomia e responsabilidade individuais fazem parte da nossa cultura e são inseridas desde cedo nas crianças. As crianças da Finlândia são muito independentes. Podem ir sozinhas para a escolas, mas é na creche que elas aprendem que devem comer, se vestir e se virar sozinhas. E por meio de uma autoavaliação que buscamos tornar as crianças responsáveis pela condução da própria educação”, detalhou a profª Eeva Kaarina.